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A História



História do Bodyboarding

Posted on 4 de abril de 2012 by Diamond

O bodyboarding é uma prática esportiva na qual os praticantes deslizam (descem) as ondas deitados sobre pequenas pranchas (bodyboard). Com os movimentos dos corpos e impulsão das ondas, os praticantes executam as manobras num misto de técnica e arte. Embora atletas de alto rendimento busquem as melhoras ondas, sua prática é democrática permitindo a diversão de iniciantes em pequenas ondas.

Antes de se ter inventado o bodyboard, havia diversas formas de surfar as ondas que não fossem em pé. O relato mais antigo encontrado data do século XV, quando polinésios surfavam deitados em pedaços de tábuas rudimentares (“alaias”) denominadas “pranchas do povo”. Naquela época, era permitido apenas à realeza surfar em pé sobre pranchas maiores (“olos”). Evoluindo no formato, surgiu o “kickboard”, prancha que permitia maior deslize. No início dos anos de 1970, esta prática configurou como modalidade esportiva. O americano Tom Morey surfava na Califórnia quando sua prancha partiu-se ao meio. Utilizando uma das metades para chegar até a areia, descobriu a sensação de “surfar deitado”. Tempos depois, o citado praticante confeccionou uma prancha menor, com material mais macio que os da prancha de surf tradicional. Em sua primeira fábrica caseira, nasceu o equipamento batizado como Morey Boogie. Após várias evoluções tecnológicas, chegou ao século XXI com o nome de bodyboard, conquistando milhares de praticantes amadores e profissionais.

No final da década de 1970, o bodyboarding chegou ao Brasil pelo carioca Marcus Cal Kung com a inovação do equipamento de último tipo, para a época, conhecido como Morey Boogie, conquistando rapidamente vários adeptos, por sua possibilidade de descer “ondas de peito”. A marca ficou tão conhecida que, durante um longo período, deu nome à prática, ainda sendo confundida na atualidade entre os praticantes mais antigos. Segundo Kung, que atualmente é também empresário, “através do sonho e iniciativa de um grupo de adolescentes, o Bodyboard transformou-se numa modalidade esportiva de reconhecimento mundial e modelo organizacional para entidades nacionais e internacionais que, por meio de seus atletas, conquistaram títulos, campeonatos, competições, prêmios e diversas homenagens. Através do Bodyboard viajamos pelo mundo, conhecemos novos povos, novas culturas e línguas. Aprendemos a cartilha da vida por um caminho saudável, educativo, de integração social e de entendimento de nossos próprios desejos e expectativas pessoais. O Bodyboard transmite mais do que o esporte: é o significado de um estilo de vida”. Os argumentos de Kung são ratificados não só pelo alto nível técnico dos atletas que despontam no cenário internacional como pelos aficionados de todas as idades que, nos finais de semana, praticam a modalidade no Brasil, usufruindo de uma das mais extensas costas marítimas do mundo (8500 km) e de um clima que lhes favorece em quase todas as estações do ano.

1971:
Tom Morey criou o protótipo da prancha morey boogie que impulsionou o desenvolvimento da modalidade.

1973-1974: Os equipamentos, ainda predominantemente estrangeiros, ganharam nova estrutura como o morey boogie rainbow, melhorando o desempenho dos praticantes. O Brasil começou a importar equipamentos neste período.

1977-1980: O bodyboarding começou a ganhar destaque de mídia em várias revistas americanas de surfe. Mundialmente, o esporte se propagou e começaram a se formar grupos de praticantes no Rio de Janeiro.

Década de 1970:
A modalidade expandiu-se rapidamente no mundo. No Brasil, em meados desta década, os adeptos divertiam-se com suas “madeirites”- placas de madeira que deslizavam sobre a água.

1980-1982:
Surgiu pela primeira vez o nome bodyboard. O bairro do Leme-RJ consagrou-se como o berço da modalidade. Aconteceu o campeonato de Surf Waimea 5000, no Arpoador, praia do Rio de Janeiro, onde o bodyboarding participou com uma demonstração.

1983: Primeiro Campeonato Mundial de Pipeline, no Havaí e Primeiro Campeonato em Piratininga, Niterói, com 16 competidores e apenas Gisele Vargas como representante feminina.

1984: A Associação de Morey Boogie do RJ – AMBERJ foi a primeira entidade de seu gênero registrada no mundo. Começou a ser fabricado o “fico”, primeiro bodyboard 100% nacional. Andréa Ferreira foi a primeira mulher a participar de um campeonato mundial. Bobby Szabad, um dos pioneiros do esporte mundial, veio ao Brasil. A Clark Foam/EUA, fabricante da marca morey boogie, começou a fabricar no Brasil, os modelos Aussie, Aussie 2, 139 e Mach 7-7, provocando um verdadeiro delírio nos praticantes, que não mais dependiam somente das importações. Foi realizado o primeiro campeonato, com a divisão das categorias masculino e feminino, contando com 45 competidores, sendo nove mulheres. Atletas se uniram e realizaram o Festival de Surfe, Morey Boogie e outros esportes radicais na praia do Leblon – RJ, com grande repercussão de mídia para a época. Naquele período, os campeonatos de bodyboarding eram incorporados aos de surfe. Marcus Kung venceu o primeiro campeonato qualificatório para o mundial.

1985: Fundação da Associação Paulista de Bodyboard-APB. Este ano marcou a história da modalidade para sempre, pois, pela primeira vez, uma equipe brasileira competiu no Campeonato Mundial do Havaí. Kung, Xandinho, Marcos Salgado, Guto de Oliveira e Cláudio Marques mostraram o potencial para o mundo. Lançamento da revista americana Bodyboarding. A marca Redley Bodyboarding se lançou no mercado e realizou seu primeiro campeonato.

1986: Marcus Kung foi matéria na revista internacional Bodyboarding destacando o crescimento do esporte no Brasil. Com isso o bodyboarding nacional ganhou difusão e na mídia internacional. Lançamento da revista nacional Bodyboarder. O pé de pato “jacaré”, equipamento muito utilizado para impulsão nas ondas, começou a ser fabricado no Brasil. Andréa Ferreira foi à final do Campeonato Americano/Califórnia.

1987:
Lançamento, no Brasil, da revista Fluir Bodyboard. Glenda Koslowisk venceu no Havaí e na Califórnia. Aconteceu a quinta edição do Campeonato Mundial em Pipeline. Fundação da ABBI – Associação de Bodyboarding de Ipanema, primeira entidade que administrou o esporte no Brasil, reconhecida internacionalmente, e que começou a formatar os quadros técnicos de juízes.

1988: Aconteceu o primeiro evento internacional de bodyboarding no Brasil e o primeiro Circuito Brasileiro com etapas em vários estados, contando com cerca de 300 atletas. Na sexta edição do campeonato mundial em Pipeline/Havaí, o carioca Ugo Corti ganhou o prêmio de maior onda em um tubo e, Marcus Kung, o de personalidade mundial do bodyboard. Primeira excursão dos brasileiros à Austrália. O Primeiro Campeonato Internacional Bliss aconteceu no RJ, com a participação de estrangeiros atraindo grande repercussão de público na praia da Barra da Tijuca. Mike Stewart venceu e os brasileiros Ugo Corti e Xandinho conquistaram a 2ª e 3ª colocação. Na categoria amador, Guilherme Tamega venceu e Fabio Aquino ficou em 2º. Mariana Nogueira conquistou seu primeiro campeonato brasileiro. Fundação da Associação Brasileira de Bodyboarding-ABRASB e a realização do Circuito Brasileiro em três etapas : Guarujá, Florianópolis e no Rio de Janeiro, contando com o patrocínio de várias empresas de peso.

1989:
A marca de pranchas BZ começou a ser fabricada no Brasil. A categoria feminina ganha status de profissional. Guilherme Tamega alcançou um 4º lugar no Campeonato da Austrália.
Década de 1980 Nesta fase houve o maior avanço histórico da modalidade provocando, simultaneamente, o incremento da indústria, o aprimoramento técnico dos atletas, a organização de suas entidades representativas, a realização de eventos de grande porte e a divulgação na mídia.

1993-1994:
Fundação da Federação de Bodyboarding do RJ-FEBRJ que organizou os circuitos profissionais no estado. O carioca Guilherme Tâmega e a paulista Claudia Ferrari conquistaram seus primeiros títulos.

1995: O time feminino do bodyboarding ganhou fama internacional. Mariana Nogueira, Daniela Freitas, Soraia Rocha, Karla Costa, Neymara Carvalho, Stephanie Pettersen tornaram-se absolutas entre, aproximadamente, 300 competidores dos cinco continentes.

1997: Daniela Freitas conquistou o bicampeonato mundial.

1999:
Fundação da Confederação Brasileira de Bodyboarding. Neymara Carvalho foi campeã Pan Americana e Hermano Castro conquistou o vice.

Década de 1990: Sem rupturas no desenvolvimento, a modalidade institucionalizou-se com a criação da Confederação Brasileira de Bodyboarding, implantando normas e estimulando o surgimento de federações estaduais. Dentre os atletas de maior destaque na modalidade, Glenda Koslowski deixa registrados, ao finalizar a carreira, quatro títulos de campeã mundial. Ainda neste período, a cidade do Rio de Janeiro passou a ser considerada o melhor point para a prática da modalidade no país e palco de seus grandes eventos.

2000: Soraia Rocha sagrou-se campeã mundial.

2001-2002:
A Federação Carioca de Bobyboarding do RJ realizou o Campeonato Internacional de Bobyboarding, em São Conrado – RJ. Karla Costa foi campeã mundial.

2002: O carioca Guilherme Tâmega conquistou o hexacampeonato mundial de bodyboarding, igualando aos recordes de Robert Scheidt, hexacampeão mundial no iatismo e Kelly Slater, hexampeão mundial de surfe. Neymara Carvalho foi a Campeã do Isa Games, na África do Sul.
2003 Fundação da Escolinha Guilherme Tâmega de Bodyboard, na praia de Copacabana/RJ. O maior ídolo da atualidade, então em busca do seu sétimo título mundial, passou a transmitir para os novos adeptos, sua experiência de 15 anos em competições pelo mundo.

Situação Atual:
Embora não se tenha registro da movimentação financeira gerada pela indústria que sustenta a modalidade, a história retrata sua força. Segundo dados de seus órgãos dirigentes, o bodyboarding envolve 2 milhões de praticantes, sendo 500 mil do sexo feminino. Conta com 2.500 atletas federados e um elevado número de eventos nacionais e internacionais, sendo somente o circuito brasileiro composto de 6 a 8 etapas com a participação, em média, de 200 atletas. No fomento a novos adeptos, diversas escolinhas de praia trabalham desde o esporte recreativo até o de alto rendimento. Podendo ser praticado também com equipamentos de baixo custo, como pranchas de isopor, o bodyboarding deixou de ser progressivamente um esporte refinado, conquistando adeptos de todas as idades e condições sociais.

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